Como plantar tomate em vaso sem complicação e colher bonito

Sabe quando bate aquela vontade de comer um tomate fresquinho, colhido na hora, direto do pé? Pois é, isso aí não precisa ser só coisa de quem mora em roça ou tem quintal grande, não. Até em apartamento, na varanda ou mesmo em janela ensolarada a gente pode ter nosso pezinho de tomate. Já tentei umas vezes e te garanto: dá um orgulho danado quando a gente vê o tomate ficando vermelhinho.

Sempre tem uma amiga que fala assim: “Ah, mas eu não levo jeito, não nasci pra mexer com planta.” Mulher, não tem segredo nenhum, só precisa de atenção, um pouco de paciência e escolher bem o lugarzinho pro vaso. E assim, com o tempo, até quem nunca plantou feijão no algodão começa a pegar o jeito.

Vou te mostrar como faço aqui em casa, daquele jeitinho simples, sem complicação. Vamos juntas aprender que ter tomateiro em vaso é fácil, gostoso e até terapêutico. Pensa numa beleza ver a planta crescendo, florescendo, alegrando a cozinha ou a varanda!

Escolha seu tipo de tomateiro

Ó, primeiro de tudo, escolhe bem a variedade do tomate. Pra vaso, o melhor é aquele pequenininho, tipo tomate cereja ou grape. Eles crescem menos e dão super certo ali apertadinho. Tomate italiano e outros grandões já precisam de mais espaço e podem acabar pesando pro vaso. Se tiver dúvida na hora de comprar, conversa com o pessoal que vende mudinha, que mulherada sempre gosta de bater papo e dar dica boa.

Aqui em casa, já plantei tomate cereja e ficou uma graça. Você já reparou que eles vão amadurecendo devagar, vai dando pra colher aos pouquinhos? Ótimo pra salada, lanche da tarde ou até pra enfeitar a mesa.

Vaso bom faz diferença, viu?

E não adianta querer improvisar com qualquer vasinho não, viu? Tomateiro gosta de espaço pras raízes crescerem. O certo é pegar um vaso que caibam uns 20 litros, com furo embaixo pra escorrer a água. Aqueles vaso preto de plástico e vaso de metal esquentam demais, aí as raízes cozinham no sol, tadinhas. Prefere um vaso de barro ou plástico claro, que segura menos calor.

Se for usar vaso reaproveitado, tipo balde que sobrou, só não esquece de furar o fundo. Aqui já catei balde velho de sorvete, só furei com ferro quente e pronto, barato e funciona.

Prepara a terra com capricho

Gente, não tem planta que aguenta viver só com terra ruim e seca. Tomate é exigente com comida, viu? O que sempre faço é misturar terra vegetal com húmus de minhoca e um tiquinho de composto orgânico. Pra facilitar, eu costumo usar metade de terra, um quarto de húmus e um quarto de compostagem caseira. Misturo tudo numa bacia, até ficar soltinho.

Já percebeu que se a terra for meio empelotada a água demora a descer e a planta murcha fácil? Depois que comecei a mexer nessa proporção, nunca mais perdi muda.

Plantando mudinha ou semente

Agora vem a parte gostosa: plantio. Você pode até ir pela semente, mas aviso que germina devagar. Eu, pra facilitar a vida, costumo comprar a mudinha já crescida na feira, aí a chance de dar certo é bem maior. Faz um buraco no meio da terra do vaso, coloca a muda, cobre até um pouco acima da raiz e aperta com carinho.

Se for semente, segue direitinho como tá escrito na embalagem, mantém a terra sempre úmida (mas sem encharcar, viu?) até aparecerem as primeiras folhinhas.

Molha, mas nem demais e nem de menos

Aqui é igual cuidar de filho pequeno: tomateiro gosta de água, mas não gosta de pé molhado o tempo todo. O truque que me ensinou a vizinha foi enfiar o dedo na terra. Se sentir úmido, espera mais um pouco. Se já estiver seco, molha sem dó, até escorrer um pouco lá embaixo. E rega sempre de manhãzinha ou fim da tarde, porque o sol forte queima a folha molhada.

Pra dar aquele gás, põe um pouquinho de adubo natural, tipo húmus ou compostinho, a cada quinze dias. Dá pra ver a diferença, viu? A planta cresce verdinha e cheia de flor.

Lugar de planta é no sol

O segredo do tomate doce: sol, mulher. Se tiver varanda ou janela que bata sol pelo menos seis horas por dia, já tá bom demais. Se for possível, vai mudando o vaso ao longo do dia pra seguir o sol. Aqui uma vez deixei o vaso na sombra, só cresceu folha e deu pouco fruto, então já sabe, não economiza na claridade.

De olho nas pragas

Ô danado de bicho que gosta de tomateiro, viu? Pulgão, lagartinha, ácaro… Sempre dou uma olhada por baixo das folhas, porque às vezes mal percebe o invasor e quando vê já tomou conta. Pra não usar veneno, faço calda de fumo ou uso a velha calda bordalesa, que aprendi com minha vó. Assim, os tomates crescem limpos e saudáveis.

Se a planta começar a ficar tristinha ou com pinta, pode ser doença. Dá pra achar fungicida caseiro fácil na internet, mas o principal é não deixar água acumulada nem folha encostando muito uma na outra.

Chegou a hora: colheita

Essa é a parte que mais gosto! Normalmente, com dois a três meses do plantio já dá pra ver tomate amadurecendo. Gosto de colher quando tá com cor viva e firme, mas não duro demais, sabe? Se apertar levemente e sentir maciez, pode colher – aí é só ir pra salada, sanduíche ou um molho caprichado.

Tem vez que a gente se empolga, planta mais de um vaso e acaba distribuindo pra vizinha, pra mãe, pras amigas. É um prazer simples e faz a maior diferença no dia a dia. E outra, tomate do pé é sempre mais gostoso que de supermercado, né não?

De pouco em pouco, você vai pegando o jeito, aprendendo a cuidar e até vicia: daqui a pouco tá querendo plantar pimentinha, manjericão e por aí vai. É igual pão caseiro: depois que aprende, não vive sem.

você pode gostar também